domingo, agosto 22, 2010

Dia 20 - Rupas Tal to Bhandipur

Dia 20
20 de Agosto de 2010
Rupas Tal. Bandipur

Estamos em Bandipur.

A ligacao da net e completamente primitiva como a cidade onde estamos.
Ainda bem, haja coerencia!

Estive a lutar titanicamente para recuperar as cronicas atrasadas.
Nao foi facil....foi mesmo uma luta. Foi em barda, a pressa, mas esta
recuperado. Nao queria avancar amanha para Kathmandu com o TPC por
fazer. Na realidade, lamento o facto de nao complementar mais
informacao sobre os locais e outras curiosidades, mas isto e muito
lento e nao o consigo fazer.

Estamos a queimar os ultimos cartuchos e e uma pena!

Acabamos o periplo em beleza, na minha opiniao. O bus local trouxe nos
ate ao cruzamento da estrada onde tivemos de apanhar um taxi para
fazer a ultima subida ate Bandipur. Nao quisemos arriscar subir
durante 3 horas com as mochilas as costas.

A pequena localidade, reduto maoista, segundo dizem, e espectacular!

As casas sao de tijolo e divisoes de madeira. Quase todas mantem a
traca tradicional (newari) e todo o comercio funciona de porta aberta. Ficamos
numa Guest House com estas caracteristicas e parece mesmo que estamos
em casa dos locais. O preco nao e nada de especial o que torna
bastante mais acolhedora a experiencia.

Demos um passeiozito pelos arredores, debaixo de chuva e vamos depois
deste suplicio de ligacao com a aldeia global, desfrutar o que nos
resta de tempo por aqui. E mesmo muito agradavel este local.

Amanha, regressamos a capital para as ultimas visitas aos locais que
nos faltam, a ultima noite por la e tratarmos do regresso no da
seguinte.

Assim, a ultima ligacao sera a partir de la. Aguardamos as vossas
actualizacoes de noticias por ai.

Dia 19 - Pokkara to Rupas Tal

Dia 19
19 de Agosto de 2010
Pokhara. Rupas Tal

Repeticao da jogada do dia anterior. Em equipa que ganha nao se mexe!!
Rebolanco na cama e pequeno almoco preguicoso em esplanada a beira do
lago. Temo nos dado bem com a combinacao.

Para a saida de Pokhara escolhemos um local idilico, para onde fomos
de local bus, com pessoal quase ao colo e subida de 3 km em seguida
com as mochilas as costas, debaixo de chuva.

Rupas Tal e uma zona campestre, junto ao lago com o mesmo nome, com
cenario em segundo plano dos Anapurnas, de encostas verdes. bastante
fora do circuito turistico.

Depois do almoco confeccionado pela dona da casa, e desfrutado com o
gato, as galinhas e passarada e insectos locais, debaixo da pergula de
palhinhas, descemos ate ao lago, para molhar os pes e tentar alugar um
barco para mandar umas megulhacas. Nao foi possivel: embarcacoes
indisponiveis.

Na descida, mais um autentico boiao cultural ja que tivemos de passar
pelo meios das casas, das hortas, para chegar ao lago onde estavam os
pescadores.

O fim de tarde, como manda a sapatilha, foi passado em momentos
contemplativos, em trocas de frutas com os miudos da casa ao lado, a
escrever, a ler.

Jantar em formato semelhante ao do almoco antes dos momentos
introspectivos da noite, que se adiantou na hora porque nao havia luz,
nem nada para fazer senao ler ou ouvir musica.

Turista sofre que se farta!

Dai 18 - Pokkara

Dia 18
18 de Agosto de 2010
Pokhara

Dia muito proveitoso!

Dormimos ate nao poder mais (ai pelas 8h da manha)!! Depois de dois
dias a acordar as 5.30 foi uma doideira.

Tomamos um pequeno almoco preguicoso (como nos indicava o guia do
Lonely Planet), numa esplanada a beira do 2 maior lago do Nepal. Valeu
bem a pena a fuga e Kathmandu. Aqui nao ha poluicao, o ar cheira a
verde, como deve ser!

Apesar de ser um local de grand procura turistica, como e epoca baixa,
temos sorte que nao esta muita gente nos hoteis, restaurantes.

Fizemos a aposta de subir ao World Peace Pagoda e seguimos a rota mais
longa. Estava um calor abrasador e fomos em penitencia, com todos os
poros a funcionar a todo o vapor, ao longo de 5 horas ate ao local.
Valeu as pequenas quedas de agua por onde passamos para mergulhar a
cabeca e refrescar as ideias.

O templo, foi uma oferta e construcao japonesa, e a vista valeu a pena
era magnifica. Neste aspecto tivemos sorte porque nao estava a nublina
a cobrir o vale e picos em refor. No regresso, depois da parte
obrigatoria de realizar a pe (mas por outro caminho mais curto),
seguimos de barco, onde a rapaziada teve de dar ao bracinho enquanto
eu ia fazendo filmes e tirando fotos.

Retemperamos forcas numa esplanada para depois fazermos o investimento
da tarde e darmos ao pedal numas bicicletas pela cidade (eu de
pasteleira e cestinho na frente). Grande negocio. A licao de conducao
nepalesa que tivemos ontem no autocarro valeu a pena. A conduzir do
lado esquerdo, a dar a campainha ninguem nos ganha!!

Apanhamos a obrigatoria chuvada da tarde ainda nos pedais. Aqui temos
a roupa do corpo sempre molhada: ou estamos a suar em bica do calor,
ou estamos compeltamente encharcados das chuvadas da tarde.

Qualquer dia ganhamos escama. Ou bolor...uugghh!!

Dia 17 - Chitwuan to Pokkara

Dia 17
17 de Agosto de 2010
Chitwan. Pokkara

Arribanco as 5.30 da manha para uma ida em safari montados num
elefante. Apesar de na noite anterior ter chovido a potes, foi muito
giro. Acabamos por nao ver os rinocerontes, apesar das varias
tentativas do nosso guia em ir pelos locais onde poderia ser possivel
apanha los. Saimos varias vezes fora dos trilhos varias com o nosso
elefante a fazar o desbaste das arvores a passagem. Muito engracado o
passeio pela jungla.

Esta nao e a melhor altura para as visitas ao parque, inclusive
existem zonas que nao estao disponiveis para visita. Em todo o caso,
valeu a pena.

Depois da gorja ao cavaleiro do elefante amestrado, um transfer em
jeep e mais uma correria de sacos as costas e apanhamos mais um bus
para avancar para Pokhara, uma zona mais turistica e mexida do que
esta onde estamos agora.

Na gare, um verde prado, estavam estacionadas carrocas ao lado do
nosso bus, mas fomos de bus.
A viagem, que tambem foi partilhada por outro casal de portugueses que
mais pareciam autenticos foragidos da experiencia traumatizante na
India, teve muitos e varios momentos ludicos. Vomitava um dos velhos
la de tras, paravamos para xixis de e para a nossa camioneta,
amontovam se passageiros mas ainda tivemos uma autentica licao de
conducao e banho de buzina.

NO fim do dia mais uma chuvada e um jantar num restaurante local, com
boa comida e onde se percebeu nao estavam muito habituados a receber
estrangeiros.

Dormida em caminha lavada.

Dia 16 - Katmandu to Chitwuan

Dia 16
16 de Agosto de 2010

Agora com o grupo desfalcado depois do regresso da Paula a Portugal e
dos restantes companheiros de viagem, seremos so 3 a partir de agora.

Vamos fazer o nosso mini-periplo em 7 dias pelo Nepal. Ontem
contratamos um servico que nos permitiria ir de autocarro ate a um
local onde iniciariamos um rafting e depois seguiriamos para o Parque
Natural de Chitwan.

Foram nos buscar ao hotel como combinado, mas ao contrario do que
imaginavamos foram nos buscar a pe...curioso. Depois de 4 horas de
viagem em bus de "tourist only" que deu direito a lugares marcados e
tudo, chegamos ao local de inicio do rafting.

Os tecnicos especializados organizavam os varios grupos de aventureiros (nao pela
dificuldade do rio, mas pela empresa em si...). Pelos vistos a
camisola e calcao de futebol sai bastante bem para o rafting neste
pais....com uma lycrazita por baixo fica perfeito!

No nosso bote (traducao de boat, claro) ia um grupo de chineses com 2
criancas e ainda uma francesa que pelos vistos trabalhava em Xangai e
dava para perceber pelos olhares fulminantes que lhes mandava que os
adorava.

Pareceu uma descida organizada pelos meus alunos (da Teresa) : foi a
descida do chorico com aguas muito calmas.

Depois da descida do rio selvagem, brindaram nos com um almoco meio
manhoso, donde escaparam os ovos cozidos, e de seguida o transfer para
Chitwan foi feito de bus, desta vez em cima do tejafdilho na grade das
bagagens. Panoramico, portanto.

Passamos varias carrinhas de caixa aberta carregada com pessoas
vestidas de vermelho e laranja, porque como e segunda feira e dia de
peregrinacao, durante este mes,

A viagem desde a saida de Kathmandu foi muito engracada. As casas
estao organizadas de forma distinta das que vimos no Tibete. Aqui,
casas de 2 pisos, o de baixo de loja e o de cima de habitacao. A
cozinha encontra se no alpendre, no piso de baixo, e o fogao e feito
de adobe, com arestas arredondadas, buracos para a lenha e outros para
sair o calor, onde se colocam as panelas.

O ultimo transfer do dia foi feito em jeep do mais recente modelo,
junto com os sacos de batatas e cebolas, na caixa aberta e a buzina
um interruptor como os das luzes das casas.

Muito cenica a viagem pelos campos de arroz e quintas ate ao local
onde dormiriamos junto a entrada do parque nacional.

Dias 14 e 15 - Last Resort to Katmandu

Dia 14
14 de Agosto de 2010
Last resort. Kathmandu

Regresso a capital do Nepal pelas montanhas verdes. Paragens para fotos e baldadas de agua nos travoes da carrinha.


Dia 15
15 de Agosto de 2010
Kathmandu

Na cidade, o dia soube a folga, com passeios por alguns dos locais que ainda nao tinhamos visitado e compras.

Dia marcado pela separacao oficial do grupo, lavagem de roupa com sabao Clarim de Portugal (!) e estendal selvagem por todo o quarto.

O jantar foi uma iguaria sem precedentes: momos do melhor que se confecciona no pais! Ainda bem que so hoje comemos estes! Acho que todos os outros teriam sabido a quase nada!!

Dia 13 - Lao Tingri to Zhagmu to Kodari

Dia 13
13 de Agosto de 2010
Lao Tingri. Zhagmu. Kodari

Hoje foi dia de regressar ao Nepal. No final de viagem pelo tibete, passamos o plateau a 5000 de altitude.

Uma paisagem muito bonita e (outra vez) arida, mas de cumes mais suaves que os dos outro dias, numa cor de arido muito bonito.

A recordacao do Tibete fica marcado por locais remotos na melhor acepcao da palavra, por paisagens aridas e inospitas. Aspectos que explicas, sem necessidade de se recorrer a palavras, a dureza da vida neste antigo territorio livre. Fica a memoria de uma cultura bastante marcada, uma forma de vida, de organizacao e de devocao muito particulares. Na realidade, a arquitectura, as vestes, as manifestacoes de devocao a uma religiao, estao por toda a parte, pelo menos nesta pequena porcao de terra que visitamos do "estado", nao ha momento que duvidemos que estamos no Tibete. E uma identidade muito marcada. Por vezes, nos percursos entre povoacoes, surge uma, depois outra e parece quase irreal que em zonas tao remotas, as populacoes ainda vivam como ha tantos anos atras, sem grandes diferencas entre elas. Excepcao feita aos grandes centros onde a verdadeira revolucao ja se entranhou como uma erva-daninha.

Antes da dita revolucao cultural os tibetanos tinham o seu proprio dinheiro. Este, depois na digamos anexacao, deixou de poder ser utilizado. As familias ficaram privadas de o poder usar, trocar, ou o que fosse. Esta e permanecera guardado onde estiver. Apenas para registo. Mais uma forma de estrangulamento e asfixia, bem planeada.

Passamos a Nylam, que faz juz a sua alcunha de "Gateway to Hell". Feia, feia. E no entanto, um local de proximidade de um templo hindu, local importante de peregrinacao. Cruzamos varios peregrinos que caminhavam na estada.

Noutra paragem numa outra povocao, tivemos direito a assistir a uma tentativa de guardar 2 y no curral (que quase presenteou um de nos com uma investida ao sair do bus) e ainda uma cena de escolha e cozinhado de barley, algo muito semelhante a milho.

Mais uma vez a saida da China trouxe-nos umas revistas exaustivas as bagagens e nem a hipotese de pagar a carregadores para nos levarem a mala na passagem da fronteira, evitou que os olhos em bico metessem a mao nas malas, e revirassem tudo. Desta vez, foi o guia que ficou sem o seu guia da viagem que nada tinha de importante ou referencia ao Dalai Lama.

Depois da passagem da "Ponte da Amizade", entramos no Nepal. A viagem seguiu junto ao rio de nome Rio do Tibete, numa paisagem marcadamente diferente da que encontramos no Tibete, verde, verde e um clima muito humido.

Ficamos num local chamado de Last Resort que, mais uma vez, nao sera o mesmo depois da passagem do grupo, ja que o ipod e a noite foi abrilhantada pela equipa portuguesa. A pedido, diga-se!

Dia 12 - Everest Base Camp to Lao Tingri

Dia 12
12 de Agosto de 2010
Everest Base Campo to Lao Tingri
Amanhecemos cedo para a caminhada que nos levaria ao ultimo ponto, que constitui um dos pontos de montagem de tendas de logistica para quem avanca para as ascensoes ao cume.

O passeio foi feito na companhia de uma cadelita que, umas vezes mais perto, outras mais longe, nos seguiu, abandonando nos uma das vezes para ir atras dos antilopes que ali pastavam, outra para trazer uma pata de uma cabra ou animal similar.

Pelo caminho, fomos construindo as nossas pequenas stupas, um amontoado de pedras como as mariolas da Serra da Estrela feitas pelos pastores, mas com uma funcao diferente aqui que nao a de assinlar o caminho. Aqui temos de pedir um desejo.

Fomos devagar porque queriamos chegar em grupo, uma conquista de todos. Na chegada, o espalhafato e as fotos do costume, mas sem Everest, nem cume. Nevoeiro. Foi como se o vissemos. Regressamos, mas sobe-me a pouco...
Depois, no regresso ao acampamento, despedimo-nos da familia que nos acolheu e foi a logistica possivel e necessaria para nos prepararmos para a viagem longa e para fazer de novo a estrada completamente esburacada que nos trouxe ate aqui no dia anterior.

Na realidade, os chinas quiseram asfaltar estes 102 km de estrada mas parece que a UNESCO nao deixou. Doi muito faze-la sem ser num 4x4, mas e melhor que a deixem assim.
Depois, de regresso a estrada asfaltada, passamos varias populacoes ate chegar a Lao Tingri,uma povoacao que so lembra o Far West, com as casas quase a cair, a rua ora deserta, ora movimentada, com imensos caes na rua. Estes, de dia estam enrolados a dormir, ou a comer do lixo, ou a fugir dos maus tratos das pessoas. E uma versao de vida canina muito diferente da que vivem os caes dos mosteiros que por serem considerados reencarnacoes de monges que nao se "portaram" muito bem em vidas passadas, sao bem tratados e alimentados, havendo inclusive a preocupacao de as lamparinas de manteiga de yak, quando ja estao inutilizadas nao serem deixadas na rua e sim nos telhados do mosteiro, porque os caes se as comerem, ficam doentes e cai-lhes o pelo.

Tambem no percurso, ate ao local de descanso fomos passando alguns cursos de agua. Os tibetanos nao pescam porque para eles os peixes sao reencarnacoes de mulheres e porque para fazerem um refeicao tem de matar varios peixes e nao apenas um. Por outro lado, as vacas aqui nao sao sagradas podendo ser comidas, mas ao que parece quando servem para alimentacao nao sao mortas pelos tibetanos e sim, pelos muculmanos. dai se explica que os proprietarios dos talhos sejam na maior parte muculmanos.
Em Lao Tingri, depois de passearmos por essa enorme metropole, jantamos numa sala de configuracao semelhante a tenda onde dormimos no dia anterior e recolhemos aos nossos quartos (pequenas casinhas no exterior do restaurante).
De noite, mais uma vez, a semelhanca de tantas outras noites noutras povoacoes e cidades, os caes, agora completamente despertos e senhores das ruas desertas de humanos, largaram-se em guerras que calculo de gangs, com corridas que se entende de grandes matilhas. Ladram para depois parar a ganir, mais corridas de um lado para outro, eventualmente para decidir qual o vencedor da querela do dia, para no dia seguinte descansar nas ruas ocupadas, dormir no meio da azafama dos negocios e carros, para voltar a ganhar as ruas de noite, numa disputa que ja entendeu e obrigatoria e quotidiana.

Dia 11 - Sakya to Everest Base Camp

Dia 11
11 de Agosto de 2010
Sakya to Everest base camp
Na aproximacao a um dos momentos mais significativos da viagem, passamos o passe mais alto: 5248m de altitude. De carro, claro. Entramos no Qomolangma ( o nome tibetano do Everest) National Park.

Depois de sair da estrada asfaltada, seguimos por uma penosa estrada de terra batida. Esta subiu em serpentina pela encosta gigante, para chegar ao cume e depois descer. Adiante, depois da descida, tivemos um furo.Obrigou-nos a uma paragem para remendar o pneu, de camara de ar e engenheiros varios na intervencao.

Durante a espera, a cobica por alguns dos nossos objectos como o colar de contas ao pescoco, os relogios, as maquinas fotograficas. A curiosidade dos mais pequenos, que obrigou a fotos e cantorias. Devemos ter parado mais de uma hora e depois seguimos pelo vale ate ao campo base.

Este campo base, e o que nos permite acampar, sem ter uma licenca para escalar. Aqui o acampamento esta organizado por tendas/hotel onde uma familia tibetana nos acolhe. A organizacao da tenda e interessante: no centro, o fogao comprido. Alimentado a bosta de yak, aquece todo o ambiente dentro da tenda. Em volta, junto as "paredes" das tendas, assentos camas e pilhas de cobertores e edredons.

Foi uma das noites mais bem dornidas da viagem ate agora. De noite, tao perto do ceu, este apresentou-se muito estrelado o que nos deixaria antever que na manha seguinte ( a manha da ascensao ate ao ultimo ponto permitido ao comum dos mortais) teriamos sorte com o tempo que nos deixaria ver o cume do Everest, ja que hoje apenas conseguimos bater umas chapas apressadas porque rapidamente se escondeu no nevoeiro.

Jantamos todos na mesma tenda, apesar de nao dormirmos todos juntos, uns noodles optimos. No caso da minha tenda ficamos a dormir com a "mae tibetana e os seus 2 criancos", e um dos nossos guias.

domingo, agosto 15, 2010

Dia 10 - Shygatse to Sakya

Dia 10
10 de Agosto de 2010
Shigatse. Sakya

Comeco a missiva por fazer um escalrecimento: quando dissemos para nao nos entupirem a caixa, dissemo lo de forma ironica, o que parece que nao transpareceu da forma pretendida. Gostamos muito de receber as vossas mensages que agradecemos muito. Assim como para voces e importante receber noticias nossas, gostamos nos de estar a par do que ai se passa, por isso, quem ficou inibido de enviar mensagens ou sentiu se na obrigacao de mandar mensagens estilo telegrama, pode comecar a dao ao dedo, faz favor!

Bom, em relacao ao dia...

De manha, depois de um pequeno precalco ao pequeno almoco, que nos obigou a procurar outro local para fazer a refeicao, fomos visitar o mosteiro de Ta shi Lunn Po.

Na verdade, alguns de nos ja estavamos a ficar fartos dos os mosteiros e dos templos, mas la fomos todos a visita. Este e o templo do Panchen Lama, o segundo na "hierarquia" dos Lamas.

Por coincidencia, o 10 Panchen Lama que inaugurou o mosteiro, comeu qualquer coisa que lhe fez mal e morreu 3 dias depois. Que grande azar que o senhor teve... que coincidencia...

Na sequencia deste acontecimento, depois de escolhido o proximo Panchen Lama, este foi levado para Pequim e nunca mais apareceu... coitado... dizem que deve estar preso... ou que ninguem sabe para onde foi.

Bom, como os Chinas sao bons a resolver as coisas de forma celere, escolheram eles um, que por coincidencia (como estas coisas acontecem ...!) e filho de um membro do partido comunista! Mas esta resolvido e isso e o que interessa. O mais interessante e que os tibetanos budistas (que sao a maior parte, mas nao a totalidade da populacao) aceitam o facto e a forma como tudo aconteceu. Para eles a fe e o significado da posicao e o mais importante.

Nas paisagens que nos seguem na viagem, vamos esclarecendo com o guia algumas curiosidades: qual a utilizacao das rodelas concavas de bosta de iak, coladas nas paredes e sobre os muros das casas? Estao a secar. Este e o combustivel dos fogoes das cozinhas e das fogueiras. De momento secam, colados as paredes, para depois servirem as casas.

As paredes, os muros cobertos e as pilhas de rodelas de bosta esclarecem tambem a condicao social e economica das pessoas. Quanto mais rodelas de bosta, mais yaks, mais yaks, mais dinheiro.

Na chegada a Sakya, depois de largarmos a bagagem, fomos visitar mais um mosteiro. Desta vez, o isco foi que seria um mosteiro com influencia mongol, do sec XI. Afinal havia ostras....nao seria de influencia mongol, mas era um dos sitios para onde o imperador mongol viajaria de vez em quando.

Sakya, era um local de ensino, qualquer coisa parecida a uma universidade. Na revolucao cultural a destruicao dos mosteiros e templos, tinha por objectivo arrasar com os mosteiros ja que estes constituiam, para alem de locais de oracao, locais de ensino e de guarda de material e equipamentos de defesa.

Na realidade, a razia tentou, mas nao conseguiu destruir completamente os 6000 mosteiros e templos, e alguns deles apenas parcialmente. Os ataques eram feitos de forma rapida e de surpresa. Em alguns dos casos, as populacoes e os monges tiveram hipotese de dar resposta defensiva, mas nem sempre foi possivel.

No caso do mosteiro de Sakya, foi destruido o velho mosterio, mas do mais recente restou uma das capelas. De qualquer forma, mesmo posteriormente, todas as referencias ao Tibete como um pais livre foram destruidas. Inclusivamente uma ala que continha umas escrituras que tinham frases desta natureza e que foram fotografadas por um jornalista americano e divulgadas numa revista, foi encerrada ao publico para visita. Tambem durante as investidas, as escrituras foram atiradas ao lixo e posteriormente recuperadas pelapopulacao e escondidas para depois, na altura a reconstrucao de alguns mosteiros, regressarem.

Para atestar a importacia deste mosteiro no plano da educacao, temos tambem uma diferenca: o facto de todos os assentos dos monges que nele habitavam serem bastante altos. Os assentos rentes ao chao pertencem aquelas de "patente" inferior. Os tectos, da capela principal sao tambem muito altos e as suascolunas sao de madeira de sandalos, troncos inteiros que viajaram desde a India!

Nas ruas, as casas sao cinzentas, da cor da pedra e lama que envolve este pequeno (na escala de dimensao do Tibete) vale.

O jantar foi um desastre, de tal forma que o Nestum e as refeicoes liofilizadas que trouxemos estiveram quase para sair da mala...

Dia 9 - Gyantse to Shigatse

Dia 09
09 de Agosto de 2010
Gyantse . Shigatse
Viva a todos. Vou tentar fazer a actualizacao das cronicas entre hoje e amanha....vamos ver como corre. Ja estamos de volta a Kathmandu!

Agora ja posso dizer tudo livremente e sem hipotese das combinacoes de palavras poderem fazer com que os mails nao cheguem ao seu destino.
Como disse o Dalai Lama: vao vejam e contem ao mundo como e.
Neste dia, nao tenho muitas notas no meu caderno de viagem. Foi mais um dia de trasicao de localizacao, desta feita para a segunda maior cidade do Tibete - Shygatse.

E conhecida pela jolharia e mercados de rua e de antiguidades. Como nao podia deixar de ser, la estivemos a tomar um banho de regateio e povo a passear pelas ruas da cidade.

Em qualquer parte do Tibete as pessoas andam vestidas com a roupa tradicional o que torna muito interessante qualquer pequeno passeio pela rua. Principalmente nas mulheres podemos perder-nos com os detalhes dor ornamentos que usam na cabeca, dos cintos, dos aderecos nas vestes.

Vim a descobrir mais tarde que os alfinetes de ama que usam nas roupas naoao para agarrar a roupa e compor a vestimenta. E um simbolismo para evitar que venham a ter dores de coracao. A tradicional pontada :)

Dia 6 - Plaza to Ganden

Dia 06
06 de Agosto de 2010
Plaza, Ganden
Finalmente um dia fora de Plaza e verdadeiramente fabuloso!

Em carro alugado fomos a grupa toda ate ao mosteiro de Ganden. Tinham-nos dito que nao valeria a pena ver esse mosteiro e mas que valeria a pena visitar pelas vistas que o rodeiam.
Foi um dia ganho em varios sentidos!

O mosteiro situado no alto de um dos montes, espalha-se pela enconsta em edificios. De alguns restam apenas ruinas, mas de qualquer forma, os que permanecem sao suficientes para os 400 monges que la habitam. Dos 5000 monges que ali habitavam apenas este numero resistiu a revolucao cultural.

Os edificios de fachada de cor bordeaux na frente e laterais amarelas, faz lembrar o grande palacio em Plaza. Entramos em varios edificios e acompanhamos uma oracao, que coincide com a refeicao dos monges, e que foi para mim um dos momentos mais impressionantes da viagem ate agora. Acompanhamos a oracao, mas sem estar em cima dos monges, sem ter a sensacao de espectaculo montado para turista ver. Estar no templo, ouvir as preces, num coro de vozes masculinas impressionante.

Depois, foi a vez de fazermos o circuito de peregrinacao. Estes circuitos chamam-se cora. Aqui tinhamos uma cora que nos levava ao topo da montanha a cerca de 4500 m de altitude e o outro que circundavam o perimetro do templo e edificios circundantes. Optamos pela cora superior.

A subida, a esta altitude nao foi facil para o grupo, mas foi boa a sensacao de alcancar o topo com as bandeiras de oracao e acompanhar os iaks na subida. O Hugo e o Rui fizeram questao de fazer um sprint final para que a austriaca do nosso grupo nao chegasse em primeiro lugar. A bandeira das quinas chegou primeiro!

Outro highlight deste circuito foi a visita a casa de banho. Uma varanda consideravelmente alta, com um rasgo no chao e uma vista perfeitamente deslubrante. Temos fotos...

Dia 5 - Plaza

Dia 05
05 de Agosto de 2010
Plaza
Outro dia em Plaza.

O nosso hotel. O nosso hotel e comunitario. Segundo dizem, neste local, antes de existir o edficio que conhecemos havia uma tenda preta (tendas pretas familias nomadas). E tambem o significado de Banakshol, o nome do hotel. Nesta tenda ficavam alojados os peregrinos que vinham visitar o palacio grande. Permanece (segundo dizem) o espirito.

Ja percebemos que estamos alojados num dos melhores quartos. Temos mobilia tradicional, temos casa de banho e banheira. O unico inconveniente e que para chegarmos aos nossos quartos temos de passar alguns dos quartos comunitarios que tem WC partilhado e que exala um cheiro que, de acordo com varios testemunhos tanto pode ser de jaula do tigre ou manteiga de yak derretida.

Temos servico de lavandaria gratis - excepto para roupas mesmo interiores - e seguranca 24 horas por dia.

Temos tomado o petit por aqui, atendidos pela simpatica que ainda ontem fui buscar a cama para nos servir e que hoje esteve de saco de plastico na cabeca todo o dia, a bem de uma coloracao de cabelo.

Ja provamos mas ainda nao somos fas do sampha. Manteiga de yak, acucar, sal, que constitui o pequeno almoco dos tio betos e que dizem tirar a dor de cabeca em altitude. Por isso, apostamos nas banana pancakes ou toasts.

De manha foi a vez de visitar outro palacio dos laranjinhas e o museu de historia. Continuamos com as dificuldades de entendimento do costume, so falta fazer apostas. Pirst pild e first field, happy eleven e half past eleven. Sem comentarios.

Em todo o caso, fizemos na noite anterior uma reclamacao e o guia acusou o toque, desdobrando-se hoje em explicacoes e esclarecimentos sobre a historia e tudo e tudo. O museu valeu a pena porque nos esclareceu quanto as antiguidades que vimos circular no mercado no dia anterior.

De tarde mais um mosteiro, muito interessante porque e como se fosse uma aldeia, com varios edificios e recintos. Neste local viviam 5000 monjes e hoje apenas 50. Foi a revolucao cultural, como lhe chamam (ou em ingles do Tio Beto, a cultural revelation).

Na verdade foram destruidos cerca de 6000 mosteiros e do total original restam apenas cerca de 500. Interessante esta revolucao cultural. No mosteiro assistimos ao debate entre os monges considerado um dos pontos altos das visitas a regiao. Passa se em recinto aberto e ao que parece debatem assuntos religiosos. Os professores, ou uns monges colocam questoes aos outro e num gesto assinalam as questoes correctas ou com outro as incorrectas.

Dia 4 Plasa - 2a parte

Depois de mais um templo, passarinhamo-nos mais uma vez pelas ruas velhas da cidade, no ciruito de peregrinacao. Regatear, regatear, compras, just looking como cumprimentos (nao nossos, deles), sorry sorry (como uma so palavra), olly olly (indicando a antriguidade da peca), foi ate fartar. Aplicamo-nos (ou tentamos) nas aquisicoes do mais genuino, do mais antigo. Ja nos reconheciam. A Paula chegaram a ir busca la por um braco. Para alem disso, ja conhecemos o xadrez das ruas de cor. Parece nos ja uma eternidade em Plaza.

O remate final foi com o jantar no Shangri-la com buffet e exibicao de dancas tradicionais do Tio Beto. O espectaculo muito caseiro, com entradas alternadas dos mesmos dancarinos ou cantores, de tras de uma porta de pano. De dancarinas limitadas pela sua visao periferica que arremessaram os seus graciosos dedos nas colunas do palco na altura das piruetas mais exuberantes, passando por turistas que foram apanhados pelo inicio do espectaculo enquanto estavam na casa de banho o que os obrigou a sair pela porta que desembocava no palco onde o ritmo dos bombos tio betos, os actores se esforcavam por dar mais vida as musicas do que o cd que os atraicoou uma ou outra vez, deixando de tocar.

O espectaculo culminou com uma exibicao de dois individuos que dentro de um fato de yak se passearam pelo restaurante fingindo marrar ou lamber os turistas.

Mais um dia em Plaza, menos um dia nas montanhas.

sábado, agosto 14, 2010

Namaste, pessoal!

People,

estamos de volta ao Nepal! e espero que fiquem muito contentes em saber que mesmo o Google nepales, quando se escreve "Vacas Velhas" vem direitinho para aqui!

So para vos mandar um abraco e dizer-vos que as cores da bandeira foram as primeiras a chegar ao ponto mais alto do campo-base do Everest! Bem sei que na face norte - a supostamente mais facil de escalar, no lado do Tibete - mas ainda assim, garanto-vos que com apenas 50% de oxigenio disponivel, aqueles 4 kms finais nao foram feitos com uma perna as costas!

Espero que estejam todos a divertir-se, que o pais deixe de arder e que sintam este grande abraco que vos deixo!

Namaste!

H e T, os Rogers em Katmandu, no Nepal

domingo, agosto 08, 2010

Dia 04 - Plaza

Dia 04
04 de Agosto de 2010
Plaza
 
Mais um dia em Plaza que comecou "atrasado". Na noite anterior, quando ja depois do jantar fomos comprar agua no caminho para o hotel, conhecemos um rapaz que disse ser amigo do nosso guia e que estava a comprar cervejas para levar para si e para o seu amigo, companheiro de quarto. festa da grossa, estava visto, o que poderia significar ressaca no dia seguinte. E foi.
O combinado, na recepcao do hotel era as 7.30, para ir ver o "famoso" palacio que nao vou escrever o nome, de maior significado para os do Tio Beto, e que so0 se visita com marcacao e com um guia local.
Tive de acordar a Maria que serve os pequenos almocos a conselho e sob superviao do seu patrao. A rapariga desdorbou se em tres para nos preparar as banana pancakes e os cafes. Coseguimos despacharnos a horas, mas o guia ainda estava aprisionado nos bracos do Morfeu e do Baco, e na eminencia de um ataque cardiaco do outro guia (o local), la foram busca lo a cama e seguimos de taxi para o palacio.
Passamos a frente do povo tod, xingalinga, na sua maior parte. O guia quase a morrer de nervos ate estarmos prontos para comprar os bilhetes depois de passar r x e revistas afins. A visita ao palacio so acicatou a nossa revolta com os olhos em bico. O enquadramento e inacreditavel. Por razoes varias e dispares.
A Plaza dos meus "sonhos" nao tinha predios acom mais de um piso. As avenidas terminavam em montanhas, e esta nao. Centros comerciais, lojas, porta sim, porta nao, caracteres dos olhos em bico, bonecos da familia da Pukka (filhos da Pukka, portanto). Desta so se salva a parte velha, onde se situa o nosso hotel.
Mas dizia: o palacio, construcao imponente, coracao da religiao budista do Tio Beto, situado num promontorio, tem um enquadramento impressionante.
Na visita, ala a ala, parece que reconhecemos cores, pinturas, desenhos, do filma do rapaz giro do cinema. Bebemos cultura e tradicao budista, foi impossivel nao manifestar revolta para com a situacao no Tio Beto.
Tudo o que foram alas do palacio utilizadas pelo laranjina estao fechadas. Todas as possiveis referecnias a sua existencia estaoapagadas, como se nao existisse.
La fora, as paisagens, sim, sem duvida, convidam a meditacao e a contemplacao. Como imans, a curiosidade, o chamamento da grandiosidade das montanhas faziam nos assomar as janelas. Rapidamente, o sentimento altera se: onde era um lago e o local onde se faziam as tradicionais corridas de cavalos temos hoje um "adro" gigante, pavimentado, onde se ergue um pilar e que niguem soube dizer a que se dedica tamanha aberracao.
Mais revolta. Para finalizar, a visita, dificilima de fazer na 1 hora exigida, sob pena de multa, uma dor de cabeca. Tentar perceber o ingles do guia, que troca os "f" por "p", os "v" por "b", e fala demasiado rapido quando se entusiama com as explicacoes, e que mistura interjeicoes na sua lingua mae, com o macarronico ingles....Os do Tio Beto tem dificuldade em viajar para fora do pais e apenas aprendem xingalinga na escola e a lingua do tio beto nos mosteiros. \
Para juntar a esta dificuldade, os grupos de olhos em bico que usam chapeus onde e proibido, que tiram fotos onde nao se pode, que empurram, qual limpa neves, mais os policias vestidos de laranja que nao deixam permanecer nos locais para ver, nas restricoes quase absurdas e a bandeira dos olhos em bico, no topo do palacio. A contrabalancar as familias em devocao que percorriam o palacio em oracao e a oferecer dinheiro. Para terminar, tivemos a estocada final: a vista sobre a cidade de Plaza, irreconhecivel das imagesn que conhecemos. Um vale aberto, ladeado por montanhas apeteciveis, mas preenchido a cinzento.
Um vale largo, de base sem cor, quase, e flancos verdes. Um paradoxo que nos vota ao odio.
Os xingas lingas dao emprego, casas, ajuda financeira aos mais jovens. A nova geracao conduzida aos casamentos "mistos", cumpre silenciosamente o fim dos do Tio Beto. Um progenitor tio beto e outro xinga nao descende um "puro". E meio, meio. Ate ao quarto, ao....xinga.
Provavelmnete e a isto tudo que se chama a integracao pacifica do Tio Beto. Por isso, das ultimas construcoes de traca antiga, nada restara. Certamente dentro de pouco tempo. Os predios sem manutencao, pertenca do governo, serao mandados a baixo, como ja vimos alguns, e no seu lugar nascerao outros mais modernos, a imagem e semelhanca de um outro povo mais modernos e organizado. Pelo menos em teoria.
Visitamos tambem o outro templo que se situa na zona velha da cidade, e mais um banho de ingles esquisito e empurroes. Bonito, principalmente o terraco com a vista sobre o palacio que visitamos de manha e a parte velha da cidade.
 
(em continuacao)

Dia 03 - Plaza

Dia 03
03 de Agosto de 2010
Plaza
 
Espero que percebam que escrever tudo isto de enfiada...nao temos tido tempo e nao vamos ter net, provavelmente depois...e mesmo muito complicado...
 
O dia foi dedicado a Plaza. O primeiro de uma serie de...alguns. A ideia e permitir a aclimatacao. Estamos a cerca de 3650 metros de altitude. Hoje andamos na area velha da cidade, onde se desenvolve o comercio e existe um templo budista, local de peregrinacao.
O templo como epicentro. Da peregrinacao, que exije tres voltas ao templo, no sentido dos ponteiros do relogio, da organizacao do comercio local. Um desfile dos trajes tradicionais de cada regiao do "reino". Com as rodas de oracao, cada um, e os tercos de 108 contas nas maos, numa exibicao de cores e uma montra mais que perfeita daquilo que poderemos encontrar de mais tradicional no territorio. Um espectaculo singular.
Na frente do templo, os peregrinos que se deitam, levantam as maos ao ceu, juntas as maos, levantam se, deitam se num ritmo relogioso, dos lados, os fornos para onde, com a mao direita se deita ramos de cedro, tres vezes. Nas bancas do comercio, o artigos mais variados: objectos da vida quotridiana, artigos religiosos, ...Demos o ar da nossa graca nos regateios e pequenas compras.
 
Visitamos ainda um mosterio de monjas. Onde assistimos a oracao. Nao pude deixar de sentir algum desconforto pelo facto de a troco do pagamento da entrada nao tiramos os sapatos para entrar, quando todas elas tiram, tiramos fotos e cirandamos quase em cima delas, em momento de oracao...quando deveria ser um periodo de reflexao e recolhimento. Secalhar sou so eu...
 
O Hugo passou a noite com febre e por essa razao passou o dia a descansar no quarto. Levamos lhe o petit a cama de manha, mas ainda arranjou forcas para ir ter connosco a hora do almoco, para desanuviar. Depois recolheu novamente e nos atiramo nos com unhas e dentes as compras e lutas pelos melhores precos no comercio da zona velha.
Devemos ter feitos todos os circuitos de peregrinacao, no sentido dos ponteiros do relogio e no outro sentido tambem. Um fartote de andar, novidades e fotos. 
No regresso ao hotel, fomos apanhados pela chuva do fim do dia e chegamos que nem uns pintos...Jantamos optimamente comida regional.
 

Dia 02 - Kathmandu, Plaza

Dia 02
02 de Agosto de 2010
Kathmandu, Plaza
 
Ja perceberam que nao devem ler o P no nome da cidade de destino, certo?
 
 Viajamos de aviao para Plaza. Na viagem os passageiros foram se entusiamando com a paisagem da imponente cordilheira la em baixo. Passagens para a direita e esquerda do corredor para a tradicional foto de dentro do aviao e para satisfazer a curiosidade. Classico. Tambem fizemos, claro...O Hugo passou o tempo a descansar. Foi apanhado pelos bichos maus dos cocos. Temos um record: 2 dia de viagem.
Na chegada ao aeroporto na passagem pelo controlo de seguranca uma das nossas companheiras ficou retida pelo controlo dos olhos em bico. Tinha um guia de viagem que contem uma pagina com um mensagem escrita pelo laranjina. Mesmo depois de ter pedido que arrancassem essa pagina, o guia teve de ficar. Nada pode conter, nem podemos fazer referencias, ou exibir fotos do dito senhor.
Trocamos guito e seguimos de bus para Plaza (a cerca de 60 kms). No bus aguardava nos um guia do Tio Beto que nos falou num ingles dificil, bem vindos ao Tio Beto, e que nos colocou um lenco branco do mais fino poliester ao pescoco. Seria um personagem chave no resto da visita pelo territorio.
Na chegada a Plaza, receei que estivessemos mesmo na cidade. A entrada fomos recebidos por uma cidade parecida com uma cidade industrial, com predios pejados de cartazes na lingua dos olhos em bico. Algo completamente descaracterizado, uma ferida aberta no vale, na cidade. Sorte que o nosso hotel fica na outra parte da cidade, onde dominam (ainda) os predios de traca caracteristicamente do Tio Beto. Um consolo para a inquetacao inicial. Apesar de tudo patrulhas em cada esquina, todos os ajuntamentos de pessoas deve ser dissolvido.
Ainda antes do jantar, fizemos uma incursao pela parte mais velha da cidade e descobrimos uma industria de tapetes artesanal, um homem que construia bombos tradicionais.
Jantamos com todo o grupo e recomecaram as dificuldades de compreensao do ingles....
 

Dia 1 - Kathmandu (e arredores)

Dia 1
01 de Agosto de 2010
Kathmandu (e arredores)
 
Depois de uma noite "aos bocadinhos" a conta das diferencas horarias, la nos levantamos para o petit. Fomos numa "all together" com tudo e todos. Incluindo as baratas que sairam do molho de guardanapos. Depois embarcamos num bus com a carneirada para a visita a Kathmandu city.
O transito e caotico como manda a sapatilha, apesar de mais organizado que alguns dos paises vizinhos.
Fomos a Poshupatinath (qualquer coisa assim), que e um local importante de peregrinacao hindu. Neste local, para alem dos varios templos de devocao, e tambem o local onde se cremam os mortos. Os rituais a volta da cremacao sao varios. Antigamente, os mortos eram transportados num andor desde a sua casa ate a  Poshupatinath a pe. Hoje em dia, a conta do transito caotico e demorado, o defunto e transportado  de carro. O corpo, na chegada ao local e recebido numa rampa, coberta de flores que o deixa com os pes virados para o rio. Son depois e que vai para os locais especificos de cremacao. Nestes locais as mulheres nao podem ficar no local da cremacao, apenas os homens. Os filhos no final da cremacao despem as suas roupas e queimam nas tambem e a partir dai e durante um ano, vestem de branco. Inclusive sapatos. No mes que sucede a cremacao ficam em casa, sem falar, ou contactar com ninguem. Nos templos e nos locais de cremacao nao pudemos entrar porque e reservado aos hindus. Os padres que celebram o ritual da cremacao nao podem celebrar os ritos dentro dos templos, nem vice versa. A nossa visita seguiu pela visita a Boudhanath, tambem importante local de peregrinacao mas desta vez, budista. Aqui, tudo se deve fazer no sentido dos ponteiros do relogio, com a mao direita. Rodamos as grandes rodas de oracao que tem dentro os mantras escritos. Servem para que a maiorira das pessoas que nao sabe ler, possa "dizer" as oracoes desta forma.
Depois de deixar o guia de grupo, decidimos ir visitar Bhaktapur. E uma aldeia medieval bastante bem preservada e de forma surpreendente cheia de vida, comercio, festas, as quais tiramos muitas fotografias. Muito bonito, valeu mesmo a viagem alucinante de taxi, com estofo de carpete, bastante molhada num dos flancos e arriscando a vida em cada encontro com outros carros, fosse no nosso sentido, fosse no oposto.
Nao nos correu tao bem o regateio do taxi no regresso, e por isso, regressamos a Kathmandu, sem arriscar a visita a aldeia seguinte que tinhamos como referencia. Demos umas voltas pela cidade, fizemos compras para o dia seguinte.
Amanha seguimos para o Tio Beto.

Instrucoes para leitura dos cadernos de viagem - Os Rogers no Nepal

Amiguinhos,
 
vou tentar enviar vos em sequência a descrição da viagem. Vou enviar cada mail com um dos dias de viagem.
A ideia é não fazer muito texto para tentar controlar o que escrevo, mais ou menos.
Como instrução temos algumas coisas a que não devo fazer referencia nos mails, pelo que irei substituir por coisas como olhos em bico para me referir ao povo que detém a administração do território, "laranjina" ou careca laranja para me referir ao guia espiritual cá do pedaço e outros que me surjam entretanto e que agora não me lembro.
Espero ter fôlego para fazer a actualização ate ao dia de hoje, mas não sei se consigo porque ainda hoje fizemos uma ascensão aos 5500 de altitude.

Teresa e Vuck Roger

segunda-feira, agosto 02, 2010

As Vacas Velhas no Nepal

People,

apesar desta vez nao termos vindo de bike, achei que iam gostar de saber que ja estamos no Nepal. Mais propriamente em Katmandu.

Para todos um NAMASTE, cheio de saudades...

Abracos

Os Rogers no Nepal

Frankie Goes to Hollywood - Welcome To The Pleasure Dome

É Sempre a curtir...