Dia 12 - Everest Base Camp to Lao Tingri
Dia 12
12 de Agosto de 2010
Everest Base Campo to Lao Tingri
Amanhecemos cedo para a caminhada que nos levaria ao ultimo ponto, que constitui um dos pontos de montagem de tendas de logistica para quem avanca para as ascensoes ao cume.
O passeio foi feito na companhia de uma cadelita que, umas vezes mais perto, outras mais longe, nos seguiu, abandonando nos uma das vezes para ir atras dos antilopes que ali pastavam, outra para trazer uma pata de uma cabra ou animal similar.
Pelo caminho, fomos construindo as nossas pequenas stupas, um amontoado de pedras como as mariolas da Serra da Estrela feitas pelos pastores, mas com uma funcao diferente aqui que nao a de assinlar o caminho. Aqui temos de pedir um desejo.
Fomos devagar porque queriamos chegar em grupo, uma conquista de todos. Na chegada, o espalhafato e as fotos do costume, mas sem Everest, nem cume. Nevoeiro. Foi como se o vissemos. Regressamos, mas sobe-me a pouco...
Depois, no regresso ao acampamento, despedimo-nos da familia que nos acolheu e foi a logistica possivel e necessaria para nos prepararmos para a viagem longa e para fazer de novo a estrada completamente esburacada que nos trouxe ate aqui no dia anterior.
Na realidade, os chinas quiseram asfaltar estes 102 km de estrada mas parece que a UNESCO nao deixou. Doi muito faze-la sem ser num 4x4, mas e melhor que a deixem assim.
Na realidade, os chinas quiseram asfaltar estes 102 km de estrada mas parece que a UNESCO nao deixou. Doi muito faze-la sem ser num 4x4, mas e melhor que a deixem assim.
Depois, de regresso a estrada asfaltada, passamos varias populacoes ate chegar a Lao Tingri,uma povoacao que so lembra o Far West, com as casas quase a cair, a rua ora deserta, ora movimentada, com imensos caes na rua. Estes, de dia estam enrolados a dormir, ou a comer do lixo, ou a fugir dos maus tratos das pessoas. E uma versao de vida canina muito diferente da que vivem os caes dos mosteiros que por serem considerados reencarnacoes de monges que nao se "portaram" muito bem em vidas passadas, sao bem tratados e alimentados, havendo inclusive a preocupacao de as lamparinas de manteiga de yak, quando ja estao inutilizadas nao serem deixadas na rua e sim nos telhados do mosteiro, porque os caes se as comerem, ficam doentes e cai-lhes o pelo.
Tambem no percurso, ate ao local de descanso fomos passando alguns cursos de agua. Os tibetanos nao pescam porque para eles os peixes sao reencarnacoes de mulheres e porque para fazerem um refeicao tem de matar varios peixes e nao apenas um. Por outro lado, as vacas aqui nao sao sagradas podendo ser comidas, mas ao que parece quando servem para alimentacao nao sao mortas pelos tibetanos e sim, pelos muculmanos. dai se explica que os proprietarios dos talhos sejam na maior parte muculmanos.
Em Lao Tingri, depois de passearmos por essa enorme metropole, jantamos numa sala de configuracao semelhante a tenda onde dormimos no dia anterior e recolhemos aos nossos quartos (pequenas casinhas no exterior do restaurante).
De noite, mais uma vez, a semelhanca de tantas outras noites noutras povoacoes e cidades, os caes, agora completamente despertos e senhores das ruas desertas de humanos, largaram-se em guerras que calculo de gangs, com corridas que se entende de grandes matilhas. Ladram para depois parar a ganir, mais corridas de um lado para outro, eventualmente para decidir qual o vencedor da querela do dia, para no dia seguinte descansar nas ruas ocupadas, dormir no meio da azafama dos negocios e carros, para voltar a ganhar as ruas de noite, numa disputa que ja entendeu e obrigatoria e quotidiana.
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