sábado, novembro 28, 2009

Nissan Titan Desert - a saga continua...

People,

como estão certamente lembrados, aqui há uns tempos postei uma ideia "que me andava a tirar o sono"... o Nissan Titan Desert!

Nessa altura, saiu um artigo na revista Biking Aventura sobre a aventura do Paulo Quintans, o primeiro "tuga" no Sahara, a realizar (e concluir!) esta prova. Passei ao ataque e teneti contactá-lo, para saber mais pormenores dessa sua experiência e... TCHARAM! conseguimos agora manter uma conversação e transcrevo, para vosso gáudio, o nosso último e-mail:

"Ola Hugo
Em resposta as tuas questões, terei todo o gosto em contar-te mais
pormenorizadamente esta minha aventura.
Para que fique claro, o meu primeiro objectivo era participar e chegar
ao fim, pois para mim foi a primeira vez que participei num evento
deste tipo.
Para isso alem da preparação necessitas de uma coisa muito importante,
ter a cabeça completamente livre e nunca mas nunca pensar em desistir,
mesmo quando de aparecem as maiores adversidades como a mim me
aconteceram.
Nao tenho neste momento todos os artigos que escrevi, mas
oportunamente irei enviar-te por mail para que possas ficar com uma
ideia mais detalhada daquilo que fiz.

Quanto ao treino, foi bastante dificil consiliar a minha profissional
com o tempo para treinar.
Nao tive nenhum treino especifico, durante a semana fazia o que
conseguia, ou seja de Janeiro a Abril andava 2, 3 horas ao longo dos 5
dias da semana e carregava durante o fim de semana fazendo 1 a 2
maratonas de nunca menos 60 kms.
Tentei ter um cuidado maior com a alimentação, mas foi difícil :)))
O que mais me motivou foi de facto a grande vontade que tinha em ser o
primeiro "Tuga" do deserto e isso foi de facto o mais importante.

Vais poder ficar com uma ideia melhor depois de leres os artigos.
Para este ano a coisa será diferente pois o objectivo vai ser ficar
nos 100 primeiros e portanto a preparação terá de ser mais a sério.
Estou também a preparar uma equipa com o vencedor da taça de Portugal
Marco Sousa e o vice-campeão nacional Michael Isidoro, para esses sim
tentarem ganhar a edição de 2010, pois eu não tenho pedal para
acompanhar os putos... :)))

Bem, logo que possa envio-te os artigos, e deixo-te apenas um conselho
se queres mesmo fazer o Titan empenha-te nisso e vai, porque vais
viver uma das melhores experiências da tua vida, em BTT claro :)))

Principalmente se te vires completamente sozinho no meio do deserto
como me aconteceu...

Abraço e boas pedaladas!!!
PQ"

Em 2010 não vou conseguir ir ao Titan Desert, por razões várias, mas fica desde já GARANTIDO aos meus caros amigos, que se tudo correr de feição, no ano de 2011 haverá pelo menos uma Vaca Velha a ir atravessar o Sahara. É uma promessa que vos faço!!!!

Abraços

quarta-feira, novembro 25, 2009

13 de Dezembro 2009

People,

talvez seja a última do ano...

eu vou tentar ir, à cautela já me inscrevi!

E tu?

http://www.maratonabtt.com/main.htm

O Vuck é que a sabe toda! + Aniv. BDT


Comment ao post do Vuck:
MONSANTO é a nossa casa e a sede virtual das VVMBT.
Há 15 anos, era um local - para não dizer outra coisa - especial! Tinha os seus atractivos (como a possibilidade de assistir a sexo ao vivo atrás de uma moita - ou mesmo, atrás "do Moita"), mas os perigos eram enormes (furar um pneu com uma seringa ou enrolar um preservativo na corrente eram dois deles).
No entanto, confesso que "a floresta virgem" a que ano após ano fomos tirando "os 3", era mais desafiante e incógnita.
Hoje, os trilhos aí existentes permitem-nos rolar mais rápido e com mais segurança como diz o Hugo, mas quanto a mim perdeu algum do seu encanto "natural".
Apesar disso, se não fosse assim - e os trilhos cicloviáveis construídos vieram dar um grande contributo á proliferação de bikes no local - admito que o meu filho (e as outras crianças) ainda não pudesse(m) ali pedalar. Assim já pode(m) e adora(m). Eu tambem vibro com Monsanto; selvagem ou na sua versão intervencionada. Mas é verdade,o nosso playground agora está bem melhor!!! Aproveito para copiar este comment e passá-lo para post (entretanto alterei uma ou outra palavrita!), até porque não cheguei a contar aqui a aventura dos BDT (os gémeos Bernardo, Duarte e Tomáz) que aí receberam os seus amiguinhos para celebrar o seu 9º aniversário e para o qual as VVMBT - na minha vertente "organizadora de eventos" - contribuíu com um programa tipo rallye paper de bike, precisamente em Monsanto. Foi um sucesso; os putos adoraram e eu tambem. A logistica? De menos, quando se tem uma bike com reboque...!

Ficam as fotos que ainda não têm 1 mês:

FOTO 1: Bastaram 3 viagens para levar todo o equipamento incluindo a famosa arca das mines e o tupperware com os pasteis de bacalhau!

FOTOS 2 e 3: O briefing; faltava sempre alguem...

FOTO 4: Uma das equipas á procura do caminho (os GPS estavam proibidos)
FOTO 5: Dá-lhe Duarte...! A seguir á curva não te esqueças de parar e contar quantas mesas de picnic aí existem.

FOTO 6: Inês; a grande revelação da prova! Quase 5 kms sem nunca ter desmontado da bina!

FOTO 7: O equipamento existente no Parque de Monsanto é perfeito para "cortar o speed do pedal" e mostrar a fibra de que são feitos os grandes campeões! Como o demonstra o Sebastião!

FOTO 8: As crianças a perguntarem a um transeunte que se parece com o Palha, qual o melhor caminho para Coimbra (só para gozarem á grande!!!)


FOTO 9: O Parque de Dirt foi perfeito para os bikers darem uns saltos. No futuro - dos mais de 20 presentes - quantos irão escolher esta vertente...? Será o Bernardo um deles?!

FOTO 10: O Tomáz exibe, orgulhoso, a sua máquina infernal!

FOTO 11: Ladies and gents, meet Carlota, futura campeã nacional de downhill!!!

FOTO 12: Saiam da frente! O Duarte vem por aí abaixo a 200 á hora! E nem a derrapagem inicial lhe tirou a confiança.

FOTO 13: Depois dos 87 kms percorridos (houve quem NUNCA tivesse desmontado da bike entre as 14:00 e as 20:00), o banquete digno de Astérix!

FOTO 14: Mais uma actividade paralela; enfiar (a bola) no buraco. Ainda têm de treinar muito meus amigos!!!

FOTO 15: A corrida de sacos tambem foi muito disputada e contou para o resultado final.

FOTO 16: Os "grandes" tambem tiveram de fazer a corrida; foi um dos momentos mais ridiculos do dia eheheheheh. Aqui o V. escriba e o Pai dos aniversariantes!

FOTO 17: E que dizer do jogo da corda? Houve equipas que estiveram quase 5 minutos a puxar de um lado para o outro. Quem ganhou? Não interessa nada, pois não Miss Batota?!

FOTO 18: Porque se tratatava de um aniversário, aqui está ele, o rei da festa: O BOLO que neste caso foi apagado por 3!






FOTO 19: Fim de festa; menos viagens para acartar o equipamento logistico. Não foi muito menos é certo; as garrafas de mine - apesar de vazias - voltaram para o carro para reciclar, claro... Pró ano há mais!!!

Regresso a Monsanto

People,

após a fixação do calendário de provas para 2010, e aproveitando o tempo que ontem se fazia sentir, aproveitei para ir tirar mais uns milímetros à borracha do Schwalbe a Monsanto.

Já não me lembro quando tinha sido a última vez que tinha pedalado no Monsanto... como já disse num post anterior, a maioria dos caminhos estão todos arranjados. A velocidade média a que é agora possível fazer uma volta rápida é bastante alta.

Ao todo foram cerca de 30 km's, até porque o pôr-do-sol não dava para mais, a uma velocidade média de 15 km/h. Estava bastante frio, a temperatura média durante a volta andou nos 12º-15ºC, e soube bem levar a "casaquinha" maravilha!

Fica uma foto para mais tarde recordar, no topo do Monsanto dos Patinhos, em frente ao Chimarrão, antes de me "atirar" para a curva do Jakas. Chamo a vossa atenção para o facto de estarem a abrir uma vala ao longo da parte inferior do caminho (no sentido do Parque de Campismo) e estar uma retroescavadora e uma vala(!) no final do caminho.

Desta feita, fui na companhia da minha RUSH Carbon Si 2, que está com as afinações a gangar - aproveito para dizer - e que no final da volta, já no regresso a casa sofreu um pequeno percalço, fruto da minha eterna procura pela "melhor afinação"... mas essa fica para outra ocasião.

Abraços e boas pedaladas!

terça-feira, novembro 24, 2009

Vacas Velhas na 12ª Travessia de Portugal

Caros amigos, o Vuck Roger lançou este desafio, e até já falou com o Sr. António Malvar (Ciclonatur). A ideia é aproveitar o feriado do 10 de Junho (Quinta-feira) para nos juntarmos ao pessoal que vem (e vai) atravessar o País de lés a lés. Deixo-vos aqui os comentários às 4 etapas que estamos a planear fazer este ano, curtam largo...
Etapa5 - Alfaiates/Termas de Monfortinho
Caros amigos, A Travessia vai em frente descobrindo o “Portugal das traseiras”. Não há fotografia, nem palavras que possam descrever o que se vê, e as emoções por nós vividas lá do alto da Serra da Malcata. Tudo o que a nossa vista alcança, e neste dia de céu azul alcança muito, não se vislumbra algo onde se denota a intervenção da mão do homem para além dos caminhos e corta-fogos que sulcam a densa vegetação da serra. São 30 kms de paisagem profundamente selvagem, rodeados por Natureza forte que nos toca bem dentro do nosso emocional. Longe das cidades, aqui “perdidos” neste recanto longínquo e esquecido do nosso Portugal, somos confrontados com a presença magnânima da Mãe Natureza que nos faz reduzir, a nós comuns mortais, à nossa verdadeira dimensão como seres vivos que somos e que com tanto outros seres vivos que nos rodeiam, partilhamos este planeta, que por isso não é só nosso e por isso não temos o direito de o alterar sacrificando o bem estar desses outros seres vivos. Longe das cidades onde largámos os nossos empregos, qual expressão ignóbil eles têm perante esta tão imponente presença divina. Aqui “stress” não passa de uma palavra que já significou algo que já não conseguimos bem compreender o que é, depois destes 5 dias a pedalar de sol a sol vivendo o dia a dia com a Natureza, gozando-a mas respeitando-a. A Travessia é isto mesmo, viver, viver, viver..... Viver com as águias e os milhafres que nos observam lá do alto, os rouxinóis chilreando nos salgueirais junto aos rios e ribeiras, o som relaxante do vento a afagar as searas, viver com os lagartos que rastejam para um esconderijo quando aparecemos subitamente no caminho, viver com as inúmeras flores selvagens de uma miríade de cores que preenchem o nosso campo de visão, qual quadro vivo e belo donde bebemos as forças para viver. Não há fotografia....... A 5ª etapa ALFAIATES - MONFORTINHO de 86 kms é para nós Organização que somos apaixonados pelo selvagem, distante e isolado, a Etapa. Fóios, na entrada norte da Serra da Malcata ao Km 15 é último contacto com a civilização, a seguir são 70 kms sem passar em aldeias, casas ou estradas asfaltadas, da Malcata para o sopé da Serra do Ramiro, daqui inflectindo para Este de encontro ao Rio Erges que seguimos durante vários Kms até às Termas de Monfortinho. Foi mais um dia de calor intenso e que por isso mesmo decidimos fazer as partidas de Alfaiates bem cedo. Tomamos o pequeno-almoço às 5:30 da madrugada e com os primeiros raios de Sol aí estava o Nível 1 a arrancar. Os outros grupos seguiram cerca de 1 hora mais tarde pelas 7:30. Rolou-se bem mas primeiras horas da manhã pela fresquinha e foi já bem dentro da Malcata que o calor começou a fazer-se sentir mas hoje sem nunca molestar demasiado. Os 30 participantes nesta etapa ficaram deslumbrados com a Malcata, excepção feita para o casal de holandeses que se tinham juntado a nós ontem e que por via de falta de técnica e terem bicicletas inadequadas (sem suspensão) aqueles pisos não resistiram à dureza dos caminhos da Malcata e tiveram de desistir completamente exaustos e desconsolados por não poderem continuar até ao fim. Foram recolhidos pela Organização ao Km 45. Aqui que é o único ponto deste troço de 70 kms onde tocamos uma estrada de alcatrão, tínhamos a Wendy à nossa espera com a carrinha recheada de Ice teas e fruta bem fresca que fez as delícias de todos que estavam longe de imaginar que poderiam beber algo fresco por aquelas bandas. Logo a seguir tivemos o primeiro banho do dia numa piscina natural feita por um rio que tínhamos que atravessar. A água do rio corria morna e ali permanecemos dentro de água durante muito tempo, foi um momento de grande prazer ao podermos refrescar os nossos corpos quentes e ensolarados. Mas aproximava-se a hora limite combinada para chegar ao portão da reserva de veados que queríamos atravessar e como tínhamos combinado com o guarda até às 15:00 e porque já estávamos atrasados resolvemos montar uma forma de nunca parar nos cruzamentos sacrificando uma pessoa em cada cruzamento que ficava fazendo a ligação até ao último do grupo. Desta forma 20 kms depois estávamos junto ao portão da reserva pelas 14:40 e conseguimos o nosso objectivo. Atravessamos em seguida toda a reserva para norte de encontro ao rio Erges, uma descida de 6 kms para a qual tive o cuidado de avisar os participantes dizendo-lhe que nunca por todas as vezes que passamos por ali em anteriores eventos conseguimos passar sem incidentes. Este ano, mais uma vez, tivemos 2 quedas, uma delas causando um golpe na mão de um dos do meu grupo que mais tarde teve de ser suturado. O rio Erges foi atravessado por 2 vezes, e numa delas onde a água corria quente e baixa sobre os seixos do leito, deitamo-nos dentro da água que mal nos cobria o corpo e ali estivemos refrescando e comendo dentro de água por algum tempo. Mais à frente e já junto ao final da etapa atravessamos o Erges pela última vez mas desta feita com água pela cintura, mas sempre quente, decerto que a temperatura da água do rio deveria rondar os 30/32 graus. O Hotel Astória foi o local de pernoita e jantar neste longo dia de BTT em que chegamos às 17:00, o outro grupo nível 2 às 18:30 e o grupo nível 1 pelas 20:30 depois de 14 horas de BTT com muitos furos, rebentamento de pneus e outras paragens lúdicas que este grupo sempre arranja forma de fazer. Para o final também houve quem se não sentisse bem acusando o esforço de um dia cheio de BTT de subidas e descidas, de Sol e muito suor. A noite está quente a deixar antever um dia de amanhã em nada diferente em termos de temperatura.
Etapa6 - Termas de Monfortinho/Ladoeiro
O dia da 6ª etapa MONFORTINHO - LADOEIRO numa extensão de 79 Kms amanheceu quente e os ciclistas saíram do hotel logo para um single track ao longo do Erges para logo ao Km 5 começar a inflectir para Oeste para a abordagem a Monsanto passando pela ponte romana sobre o Rio Ponsul e subindo à aldeia mais portuguesa por uma calçada muito inclinada e bem técnica. Em Monsanto reunimos todos os 3 grupos e esvaziamos o café de bebidas frescas enquanto admirávamos as vistas espectaculares sobre as Serras da Gardunha e Estrela para Oeste, Malcata e Penha Garcia para Norte e a grande albufeira da barragem de Idanha para Sul. Fomos ainda ver as curiosas construções das casas que utilizam as enormes rochas graníticas como paredes ou tectos. Descer de Monsanto por outra calçada, a de S. Pedro Vira Corça, é uma sensação inigualável, as suspensões das nossas bicicletas vão ao rubro e o gozo de descer por maus caminhos toma outras dimensões quando se começa a constatar que travar só é possível com as rodas no chão. Mais à frente e a enfiamo-nos por um single track com passagens sobre rochas com degraus que fez as delícias dos mais afoitos. A passagem pela aldeia histórica de Idanha-a-Velha onde visitamos as escavações arqueológicas em curso, foi a oportunidade para conversarmos sobre os povos que antes de nós habitaram estes lugares. Deixámos a Egitânia atravessando a ponte romana, subindo na direcção de Alcafozes mais propriamente o Santuário da Srº do Loureto a padroeira dos aviadores, e lá paramos para um snack junto ao pedestal do avião. A seguir continuamos por um caminho rolante no meio de um eucaliptal e alcançámos a capela da Sra. do Almortão onde em 5 minutos, por já estarmos atrasados entramos no café aí existente e bebemos uns Ice Teas e comemos umas meloas. Daqui até ao Hotel IdanhaNatura onde ficamos esta noite foi muito rápido rolando por caminhos a fazerem lembrar o Alentejo, ao lado de pequenos açudes sobrevoados com os voos preguiçosos das cegonhas brancas, e dos grandes espaços envolventes com as searas já douradas a ondular ao vento. Já perto da chegada o grupo estava bastante alegre resplandecendo a alegria de ter passado um dia a pedalar por locais tão emblemáticos que encerram tanta beleza natural e tão esquecidos.
Etapa7 - Ladoeiro/Castelo de Vide
É fim-de-semana e como é hábito muita gente se junta a nós para fazer estes 2 dias a pedalar connosco no Portugal das traseiras. Nesta 7ª etapa LADOEIRO - CASTELO DE VIDE vamos beijar o Tejo, esse grande rio que divide o país em dois. Um Norte de gentes hospitaleiras que constroem casas com paredes de pedras e as aldeias serranas se confundem com a paisagem, e um Sul que como o nome indica fica para Além do Tejo, terras de pessoas que vivem da terra, de casario branco e ruas imaculadamente limpas e das longas planícies douradas pelo sol estival. Dividimos esta etapa em duas, uma até Vila Velha de Rodão e outra até ao final. Foram 68 Kms muito rolantes na parte inicial acompanhando o rio Ponsul até dele nos despedirmos na povoação de Lentiscais. Aqui paramos para uma vez mais esgotarmos as bebidas frescas, as meloas, os pães, etc. do café local. Os participantes dos níveis 1 e 2 - não resistiram às águas do rio Ponsul e ali mesmo por debaixo da ponte foram ao banho. Antes de Alfrivida subimos à Sra.do Socorro e rolamos no planalto sobre o Tejo até Monte Fidalgo. Aqui o Fábio (o brasileiro que está connosco nesta travessia) resolveu ir investigar uma festa que estava a acontecer na povoação e foi de imediato convidado a petiscar do veado grelhado, e bem regado, que estavam a servir a todos na aldeia. Em seguida deslumbramo-nos com as vistas sobre a Barragem de Cedille e todo o Tejo internacional para montante. Depois de Perais foi a subida de um corta-fogo até ao monte das Areias Brancas e daí até V.V. de Rodão sobre a planície que alcunhamos da plantação de pedras, tantos que são os seixos que inundam tudo. Como não há vento não estamos a ser incomodados com o cheiro que por vezes vem dos lados da fábrica da Portucel. Quase metade da Travessia realizada, já cumprimos quase 7 etapas e o nosso GPS totaliza cerca de 500 kms nesta Travessia. Já vimos metade do país esquecido e em todos os participantes existe uma forte vontade de continuar e continuar e continuar....... Todos os dias há novas caras na Travessia e outras que partem contagiados desta febre de puro BTT e é esta constante rotação de pessoas que faz cada dia ser um novo dia e um outro passeio. A Travessia vai descendo a Lusitânia por caminhos de cabras à descoberta das suas gentes mais nobres, das suas paisagens mais recônditas, da sua identidade mais natural na alma do seu interior. Depois de Vila Velha de Rodão entramos no Alentejo ao atravessar o rio que divide o País ao meio, o Tejo, e quão visível ainda é por estes locais essa divisão. Em tempos há muito idos, o Tejo manteve afastados as gentes das duas margens e isso contribuiu para as diferenças culturais e étnicas que se denotam no aquém e além Tejo. É curioso mas logo na primeira aldeia que tocámos depois de passar o rio, Salavessa, começamos a ouvir o mais puro sotaque alentejano e estávamos a escassos 10km da Beira Baixa cujos locais falam português sem qualquer sotaque. As casas brancas orladas a cores vivas com as suas grandes chaminés tronco-prismáticas começaram logo a dominar a paisagem nas aldeias e os sobreirais e olivais passaram a ser os predominantes. Em Póvoa e Meadas a 20km do fim esperava-nos um petisco de chouriço assado, febras, queijo da região e muitas bebidas frescas, para não falar no delicioso arroz doce ou na melhor sericaia que já alguma vez provamos. Aqui também o piso dos nossos caminhos se altera e os granitos passam de novo a fazer parte da paisagem, ao longe para a esquerda ainda se avista Castelo Branco e em frente de nós temos já também ao longe o penedo de Marvão que se ergue imponente no horizonte. Castelo de Vide a nossa meta também já se avista na encosta do cerro que culmina com a silhueta bem distinta do castelo. Antes porém passamos pelo parque megalítico de Coureleiros com as suas antas em perfeito e incompreensível abandono. A subida para o castelo em Castelo de Vide faz-se por uma calçada medieval algo íngreme na parte final o que representou o maior desafio da etapa, técnica e física, esta foi no fundo um cheirinho do que teremos no menu de amanhã. Em Castelo de Vide ficamos no Hotel Sol e Serra que oferece uma boa qualidade de instalações e serviço.
Etapa8 - Castelo de Vide/Campo Maior
CASTELO DE VIDE - CAMPO MAIOR com uma extensão de 81 Kms, a Travessia já passou o seu ponto intermédio em termos de Kms. Atravessando o Alto Alentejo junto à fronteira com Espanha sobre a Serra de S. Mamede, esta etapa muito variada de pisos e paisagens fez as delícias da maioria. Com um céu sem nuvens e uma temperatura fresca, os agora apenas 14 participantes divididos em 2 grupos gozaram BTT puro e duro numa etapa de dificuldade média/alta. Há sempre muitas histórias em todas as travessias e lembramo-nos da a infeliz queda do nosso amigo Luís Relvas, que se juntou a nós em Marvão, e que não viu um buraco no trilho tapado com ervas e deu um mortal por cima da bicicleta aterrando de lado, ferindo bastante a coxa direita. O tempo fresco contribuiu para um bom ritmo de andamento, foi um dia de BTT em cheio. A nova barragem do Abrilongo obrigou-nos a improvisar um novo percurso rodeando a barragem com passagem pelas antigas minas e junto a estas foi possível admirar os inúmeros ninhos de cegonhas habilmente construídos em cima de árvores secas. A espectacularidade das vistas, a subida e a descida das calçadas de Castelo de Vide (3 kms de pedras irregulares para pôr ao rubro as suspensões), a descida empinada para Alegrete, a visita das pinturas rupestres da Lapa dos Gaivões e os largos horizontes avistando Badajoz sobre as searas salpicadas de papoilas e malmequeres e outras flores de todas as cores nos campos a Norte de Campo Maior, preencheram um dia de BTT puro e simples onde o convívio mas também o pedalar em silêncio escutando a natureza em redor complementaram a nossa alegria de viajar pedalando no “Portugal das traseiras”. No Hotel Santa Beatriz, somos sempre bem recebidos, já tínhamos uma mangueira pronta para lavar as bicicletas. Amanhã será um longo dia outrora nas primeiras travessias era o dia de descanso só com 35 km de etapa e uma piscina para relaxar. Na etapa de hoje o nosso Garmin diz que: Extensão = 81 kms Tempo a pedalar = 5h 25’ Média = 14,9 km/h Vel. Máx = 59,5 km/h Desnível acumulado de subidas = 1748 m Desnível acumulado de descidas = 1525 m Totalizador da Travessia = 613 Kms Com Portugal agora espalhando-se nestas paisagens da planície alentejana, vivemos dias diferentes nos quais o relógio mais fiel para nós é o Sol e a agenda é totalmente preenchida com uma única reunião com a Natureza que nos envolve. Um abraço para todos vós que adorariam estar aqui connosco. Antonio Malvar

segunda-feira, novembro 23, 2009

Calendário para 2010 - versão "Ultra-Maratonas"

People,

como dizia o outro: "de molde a podermos-se-preparar em convenientemente" para a época de 2010, isto no caso de querermos entrar em 2010 com o pé direito; fica aqui o calendário proposto para o Vacas Velhas MTB,

10 e 11 de Abril: 1ª prova do Geo-Raid
17 de Abril: SRP160
1 de Maio: Maratona de Portalegre
16 de Maio: Alvalade-Porto Côvo-Alvalade
19 e 20 de Junho: 24H BTT Lx
10 e 11 de Julho: 2ª prova do Geo-Raid
Agosto: Férias
25 e 26 Setembro: 3ª prova do Geo-Raid
4 a 10 de Outubro: X-Quest

Tá dito.

O que dizem?

Abraços

24 Horas de Lisboa 2010

Só falta 1 pedalante para a equipa de 8...!
Anyone?! PETROV, que tal vires até cá em Junho?!?!
Vamos contratar um massagista - acho que tem mesmo de ser um homem... - para os 12?

No Sábado de manhã - quase á chuva - houve pedal em Lisboa. Mourex, Gika, Marmax e Du enfrentaram a intempérie á descoberta da cidade. A Praça do Comércio está quase pronta...!


Naz, chuta aí as fotos p.f. E já agora, as ultimas de São Paulo tambem; aquelas com o Ronaldo e as do Museum...!

sexta-feira, novembro 20, 2009

Vacas Velhas no IV BTTorre (Fotos)

O VVMBT no pelotão...


A Teresa a desfrutar...

...e pelo sorriso, estava a gostar da experiência!

O Vuck Roger no seu Alentejo, em contra-luz...

O xôr MarMax a iniciar a descida do single track das pedras...

...onde tudo se resumia a isto: Concentração! eheheh!

O Jakas a ser apanhado pelo fotografo...

O casal mais simpático e fotogénico a fazer as delicias do paparazzo...



Ah, claro, e o nosso Alex "The Sailorman", numa bike do catano, a enxotar o calhauzinho que teimava em se aproximar... eheheh!! Toma lá!


As fotos podem ser vistas em:

http://picasaweb.google.com/bttorre/QuartaMaratonaBTTorre#



quarta-feira, novembro 18, 2009

Vacasvelhas no IV BTTorre (Torre de Coelheiros)



Este domingo, 15/11, o Vacas Velhas MBT foi até Torre de Coelheiros com 5 elementos para mais uma meia maratona (45km). O MarMax e o Alex "The Sailorman" apanharam-me por volta das 6h45m e rumámos a Sul, em direcção a Évora, onde já estavam o Hugo e a Teresa "Vuck Roger". Para a Teresa iria ser a estreia neste tipo de provas organizadas ao estilo de Maratona, e, se não me engano, será uma experiência a repetir. Chegados a Torre de Coelheiros por volta das 8h15m (depois do GPS dos xôr MarMax nos ter pregado uma partidinha...) via-se que a organização era muita, havia indicações por todo o lado a indicarem o local do almoço, dos banhos e o secretariado. Cinco Estrelas! O campo de futebol serviu de parque de estacionamento para colher os mais de 300 inscritos. Levantados os respectivos dorsais foi tempo de efectuar o últimos preparativos e arrancar para o local da partida. O Alex, por força de ter partido o quadro da sua Specialized, montou desta vez a minha Santa Cruz Blur LT. E posso dizer que terá sido uma estreia e tanto, mas já lá vamos...

Chegados ao local da partida, colocámo-nos do lado direito, para deixarmos a frente da corrida para os prós e os outros lutarem pelo melhor local para arrancarem... houve mesmo uma falsa partida, enfim, à malta que não entende o espírito. Após ter sido dada a partida e de termos deixado passar a maioria do pelotão, lá arrancámos. Primeiro em ritmo tranquilo lá seguimos todos juntos em jeito de aquecimento. Os primeiros 13km, até ao primeiro abastecimento, foram um sobe e desce constante, com tendência de subida, ao bom estilo "rompe-pernas", com muitos atletas nos trilhos, sendo dificil fazer ultrapassagens e manter a união do grupo, que se viria  a separar. No primeiro abastecimento parei para beber um copo de uma bebida energética que estavam a dar, e voltei aos trilhos. Aqui era feita a primeira separação, os que iam para os 25km seguiam pela direita, os dos 45/65km seguiam pela esquerda com uma placa a avisar que havia uma descida perigosa. De perigosa a descida não tinha nada, haviam uns regos de água aqui ou ali, mas o cenário era perfeito! Uma descida larga em piso esbranquiçado a serpentear vários chaparros que me trouxe à memória uma pista de ski... e assim a abordei, a curtir cada curva e contra-curva como se estivesse a fazer snowboard (ai as saudades...)! Claro que tudo o que sobe, desce, e assim foi, chegado ao fim da descida surgiu o primeiro grande empeno, uma subida interminável em empedrado com forte inclinação numa povoação chamada São Bartolomeu do Outeiro. Aqui havia um segundo abastecimento em que não parei. Depois de descermos novamente, houve lugar a um single track espectacular por entre umas pedras enormes. Um sobe e desce técnico simplesmente espectacular! Houve alturas, por força dos atletas que seguiam à frente em que tive que desmontar, mas mesmo assim deu-me um enorme gozo!! Depois foi rolar até à chegada onde nos esperava um cozido à Portuguesa comme il faut! Não pensem contudo que terá sido tarefa fácil, pois o vento moderado que se fez sentir durante toda a maratona não ajudava, nunca! Ora vinha de frente ora de lado, parece que nunca quis colaborar dando um empurrãzinho...

Resta-me referir que, este passeio teve uma organização excelente, as marcações estavam bem visíveis, os abastecimentos estavam bem distribuídos, havia trilhos para todos os gostos, cenários espectaculares, e por fim, foi-nos servido um belo cozido à Portuguesa com grão para nos recompor para o regresso a Lisboa.


Durante o almoço foram ainda sorteados vários prémios, desde inscrições em provas da Taça de BTT de Évora, bonés e até um GPS GARMIN. Infelizmente a nós, não no tocou nada...

Deixo-vos o link para site com os tempos dos 45km (http://bttorre.net/2009111760/eventos/classificacoes-45km.html):

Jakas          94º    2h24m51s
Alex          218º    3h07m26s
MarMax    230º     3h11m44s
Hugo VR   243º     3h24m32s
Teresa VR 246º     3h25m38s
Para além dos Parabéns à Organização, resta-me dar os Parabéns a nós, por termos ido desfrutar de uma bela manhã ensolarada de BTT. À Teresa por se ter estreado nestas andanças e espero sinceramente que nos continue a acompanhar! (quiçá não servirá de estimulo e referência às demais Senhoras.... eheh!) Ao Hugo por ter convencido, acompanhado e incentivado a Teresa durante todo o percurso! Ao Alex por se ter estreado na minha bike e mesmo assim, ter-se adaptado bem e feito uma bela prova. Ao MarMax, que apesar da constipação o ter deixado entupido, cumpriu com bravura mais esta meia maratona.




Para o ano, haverá mais...



 


Vejam no GPSIES.COM:

GPSies - IV BTTorre 2009




segunda-feira, novembro 16, 2009

COMANDANTE GIKA REFORÇA VACAS VELHAS

Não foram fáceis as negociações entre a Direcção das Vacas Velhas e o famoso Comandante Gika, para que este passasse a integrar a equipa VVMBT ainda esta época.
Em comunicado, disse-nos Gika, que os outros interessados não conseguiram reunir o conjunto de incentivos necessários á sua ingressão em equipas com nomes tão sugestivos como os "Nerd Bikers" da Brandoa e os "Bikers de Banheira" da Trafaria, numa clara alusão aos surfistas que nunca entraram com a prancha no mar...
Gika diz que a sua atitude perante o BTT é a de nunca recusar um single track, uma maratona ou um down hill e até mesmo meia dúzia de imperiais a acompanhar uns croquetes com mostarda... "Biker de banheira é que nunca", afiança Nazir Kurgi.
Por essa razão e sem mais demoras, iniciou ontem os treinos com o Prof. Mourex e a grande promessa do BTT nacional - o jovem Duarte - nos rápidos e alucinantes trilhos do Parque das Nações. Foram cerca de 14 kms em ritmo de passeio para fazer a rodagem á bike comprada na véspera na nova BIKE ZONE de Benfica (sim, o velho Hugo está de volta...!) e que se revelou a montada ideal para este rider de 1,80 mts e 90 kgs de peso que já não praticava desde o longinquo ano de 1970...!
Nazir Kurgi assinou contrato com a SCOTT e foi-lhe destinada uma SPARK 60 que tive oportunidade de testar e confirmar que "no meu tempo começar a pedalar com uma bike assim só poderia resultar em ser campeão nacional 2 anos depois".
Em termos de calendário, Gika já confirmou a sua presença nas 24:00 de Lisboa, assim o Xor Presidente Marmax se decida inscrever a equipa de 8. JÁ. Mas por enquanto ainda falta 1 "pedalante"... Alguem interessado?!
O blog deseja á VACA VELHA Nazir Kurgi muito sucesso, boas pedaladas (eheheheheh) e que se divirta muito a montar a sua Scott.
O próximo passeio está programado para Sábado de manhã se as condições atmosféricas assim o permitirem...!

Ficam aqui as fotos da estreia:

Gika sem dificuldades a atrevessar uma poça enorme, cheia de pedras, raízes e bem funda

Nazex na floresta depois de driblar centenas de árvores
Nazex & Mourex na base das cataratas
A jovem estrela dos VVMBT, Duarte



domingo, novembro 15, 2009

RUSH CARBON SI 2 - a saga continua!

Pessoal,

apenas um esclarecimento e uma actualização... como a decisão era tão difícil, decidi não vender a minha RUSH. Já vão sendo um número muito razoável de km's, alegrias, esforços, conversas e amizades nesta companhia, que nunca (MESMO NUNCA!) me deixou ficar mal!

Por isso, agradeço as ofertas que chegaram, as potencias propostas, mas vamos ficar assim. Para já vamos fazer um pequeno update (não gosto da expressão upgrade...) ao pedaleiro. As novidades seguem dentro em breve, mas espero a tempo do NOSSO passeio de NATAL.



Forte abraço e até lá vou treinando no RPM. Alex "The Sailorman" qd quiseres combinar, apita!

Hugo

VACA NOVA NO PEDAÇO!

Apresentação oficial 2ª Feira dia 16 de Novembro

quinta-feira, novembro 12, 2009

Não custa ajudar...

Amigos do pedal, o Guilhas fez-me chegar este email de um companheiro de pedal que se encontra a vender um espigão MOOTS, como novo, por apenas 9€.


Queiram por favor confirmar no seguinte link:
(http://crossladen.de/shop/article_411/Aufpreis--Kettenblatt-nach-Wahl.html?shop_param=cid%3D2%26aid%3D411%26)

Por favor, sejamos solidários e ajudemos aqueles que estão necessitados...

terça-feira, novembro 10, 2009

1º Upgrade - Merida 96

Pois é meus caros, ainda nem um ano passou (vai fazer 1 ano em Fevereiro) e já está feito o primeiro upgrade à minha Merida 96 - 3500D Carbon. A juntar aos upgrades feitos aquando da aquisição, optei agora por trocar a suspensão da 96. Para o lugar da Rock Shox SID Race com remote lockout, veio agora uma ultra leve DT Swiss XRC100 (+/- 1.250gr) em carbono, também com comando no guiador.



Tive oportunidade de a estrear no passeio efectuado até ao Carregado e para já deu para perceber que o conjunto emagreceu umas gramas... está mais leve e mais rápido nas acelerações, mas isto pode ser apenas sugestão, o tempo o dirá. Um ponto menos positivo, em relação à Rock Shox, é o comando do guiador que não é tão user friendly, levará algum tempo a habituar-me, mas habituar-me-ei com certeza.

Não vou ter tempo de a experimentar na terra antes da Maratona BTTorre, já no próximo domingo dia 15/11, mas depois de fazer umas voltinhas em Monsanto (pare ter termo de comparação com a Rock Shox) voltarei a fazer novo comentário a dar feedback.

O segundo upgrade já está previsto, e vai dar para retirar umas 500gr... não, não é ao ciclista, esse já perdeu 6kg desde a prova das 24h em Junho passado. Estou agora com uns míseros 72kg...

domingo, novembro 08, 2009

Lisboa-Vale do Carregado

Este sábado, 7/11, eu, o Trips, o Vuck Roger, o Guilhas, o Bijagóz e o Ricardo combinámos encontro às 8:30 na Torre Vasco da Gama para uma ida e volta até à Azambuja. O Ricardo veio a pedalar desde a Nova Campolide até ao Parque das Nações na minha Santa Cruz e o Gonçalo veio também desde sua casa em Benfica a pedalar até ao Parque numa Esmaltina de carbono rigida. Terminados os preparativos, eram 8:49 quando arrancámos. Logo no Parque das Nações deu para notar que o vento Norte que corria não iria facilitar, mas o optimismo manteve-se. Seguimos todos juntos a rolar a bom ritmo. O Guilhas, por força de compromissos já assumidos, deixou-nos no final da ciclovia de Alhandra para regressar a Lisboa, depois da primeira paragem para cafés, aguas e um croissant de chocolate, enquanto o resto do grupo seguiu para o objectivo inicialmente proposto. Depois de passar Vila Franca de Xira, o vento moderado que se tinha vindo a fazer notar ganhou intensidade, provocando um desgaste adicional não previsto. Por força do vento que teimava em dificultar a progressão bem como da proximidade de ameaça de chuva, decidiu-se dar a volta no Carregado e regressar então a Lisboa, na esperança que o vento Norte agora nos ajudasse no regresso. Tal não se verificou completamente, mas alturas houve em que deverá ter dado um empurrãozinho... Chegámos por fim ao Parque das Nações por volta das 13:15, 78km depois, efectuados em 4h35m. (Para se ter a noção das dificuldades causadas pelo vento, duas semanas antes, para fazer idêntico percurso levámos 3h48m...)
Algumas palavras especiais: uma para o Bijagóz que com algum sacrifício concluiu o percurso, isto após longo período sem andar de bicicleta; outra para o Ricardo que, fruto da sua preparação para participar em provas de triatlo, manteve sempre um grande ritmo em cima da Santa Cruz, tendo inclusive terminado em sprint; e por fim, para os restantes elementos por demonstraram enorme espírito de entreajuda e de boa disposição, fundamentais para a conclusão de mais esta jornada.

















Frankie Goes to Hollywood - Welcome To The Pleasure Dome

É Sempre a curtir...