quarta-feira, julho 26, 2006

EM DIRECTO DE SÃO PAULO!

O nosso mui' activo e prestimoso Director da Delegação de São Paulo BR do VVMBT publicou no seu blog o artigo que transcrevo de seguida:

Lisboa by Night Sports Race

Meus amigos e confrades tugas, portugas, mirónes e curiosos: aqui fica a minha contribuição para o esporte/lazer alfacinha!Autarca! Junte-se a nós! Junte-se ao movimento dos que têm fotofobia e que gostam de pedalar à noite!1ª Edição do "Lisboa by Night Sports Race"

FALTA AQUI A FOTO - DEVIDAMENTE ILUMINADA - QUE MARCA O TRAJECTO...

Título em inglês, para parecer que é uma coisa a sério..!A ideia é, by night, partir de cima da ponte Vasco da Gama, imaginemos uns 500 ciclistas c/ speed e BTT e qualquer veículo que quiserem, desde que tenha mais do que 1 roda e não tenha motor,continuando, tem que ser by night, digamos às 20h00, ao anoitecer, primavera ou outono, com ampla cobertura mediática, helicópteros de redes de televisão, repórteres in place e etc, como deve ser.

Partida da VDGama, rumo à baixa, sobe e desce a definir, passa em cima da 25 de Abril, agora mais à noitinha, toda a gente com mega-faróis nocturnos, umas árvores de Natal em 2 rodas, direcção Montijo, percorrer toda a VDGama, para uma chegada triunfal e iluminada, na Praça do Comércio.Isto deve dar uns bons... 50 Km?Montem-me uma coisa destas que eu vou!


COMENTÁRIOS:

A ideia é boa; a adesão sería grande! E até te digo mais; 500 participantes seríam muito poucos dado o numero de praticantes (recordo que a Maratona de Portalegre inscreveu 3000 e fechou as inscrições por limite 6 meses antes do evento)...
Mas há essencialmente duas razões que me parecem ser entraves á viabilidade da ideia.

A 1ª é que para mediatizar o evento (para o tornar financeira ou comercialmente atractivo e ainda para justificar os meios), teríam de se inscrever mais de 2000 participantes... o que, numa 1ª edição - e com a quilometragem estimada - é duvidoso que aconteça. Ou então tería de se investir muito em publicidade e promoção e isso faría aumentar o preço da inscrição; o que tambem é limitativo.

A 2ª razão tem a ver com a dificuldade especifica de se organizar um evento destes á noite. Se de dia - em vias publicas - já é necessário mobilizar um batalhão de staff - e de policia de transito - para garantir segurança e informação, imagine-se á noite num percurso que nunca pára em termos de tráfego! Nem ao Domingo! Outra dificuldade; os ventos que se podem sentir em cima das pontes... sobretudo á noite, pode de facto ser perigoso. E se não for possível realizar o passeio por causa dos ventos? Terá de existir um percurso alternativo. Mais custos...!

A ideia é boa mon ami, mas estás a ser muito optimista tambem em relação á distancia. Acredita que o percurso indicado não tem menos de 130 kms.! Ah pois é, bébé!!! Repara: PONTE VASCO DA GAMA E ACESSOS: 25 Kms / PERCURSO EM LISBOA: 35 Kms / PONTE 25 DE ABRIL E ACESSOS: 10 Kms. / MARGEM SUL: 60 Kms / TOTAL: 130 Kms.

SETEMBRO 2006; A 1ª TRAVESSIA DA PONTE VASCO DA GAMA EM BICICLETA

Recordo que em Setembro vai realizar-se uma Travessia da Ponte Vasco da Gama "para o povo" em geral. Ou seja, estarão presentes todos os cicloturistas, bicicletas de supermercado, estreantes e claro, alguns BTTistas mais a sério que vão á procura da experiencia de atravessar a ponte. As inscrições estão limitadas a 4000 e já estão encerradas. Mas isto significa o quê? Que a logistica para fechar parte da ponte - de manhãzinha cedo e ao Domingo - só foi possível porque este é um evento promovido pelo Governo e a Secretaria de Estado do Desporto para promover a saúde através do desporto e blá blá blá... E mesmo assim - my dear friend - a inscrição (por caveira) são 50 Euros! Ah, parece que dão qualquer coisa...!!!

A POLÉMICA DOS PASSEIOS ORGANIZADOS

Existe neste momento alguma polémica em Portugal associada á organização de passeios de BTT. São ás centenas por ano e muitos já perceberam que "pode ser um bom negócio"! Cobra-se entre 5 e 50 Euros por inscrição e oferecem-se mais ou menos coisas... E se á partida organizar um passeio pode parecer uma grande trabalheira, tambem não é menos verdade que pode dar uns bons trocos a ganhar! Mas certo é que muito brevemente só os passeios bem organizados e que começam a ser "os clássicos" vão sobreviver. Com numero limite de participantes ou novos formatos...

Porque não há nada pior para um BTTista que a má organização de um evento; seja na logistica (abastecimentos, indicação do percurso, oficinas móveis etc.) seja nos meios disponiveis para proceder ás inscrições e celeridade na entrega de documentação...

Por outro lado, é o BTT puro que interessa á maioria. Nada de asfalto nem percursos urbanos; o que o people quer é muito dirt, single tracks, downhill, subidas longas e serpenteantes, riachos, pó e lama! O passeio Lisboa antiga (e Porto antigo) são excepções. Já são clássicos e o pessoal gosta de os fazer, mas não há nada como a "mother nature" não é?!

Aquele abraço!

1 Comments:

At 17:48, Blogger Portuga do Pedal said...

Pois é, Mourex, pois é, a tua aproximação realistica ao problema levantou inúmeras questões que, aqui na South America, meio selva e meio metrópole, anyway sempre terceiro mundo, não me sonharia levantar.

Tipo:

1 - cobertura mediática: não requer grande investimento, estamos habituados à sopinha da pedra, a tirar nabos das púcaras, enfim, como se costuma ouvir «a penúria aguça a criatividade»... e marketing-mens como nós, homens do mundo e cheios de conhecimentos, gente do turismo e do life style lisboeta, saberíamos decerto como chamar a atenção...

2 - o vento é que não há nada a fazer - umas gajas boas na entrada da ponte a distribuirem calhaus para servir como lastro?

3 - aqui ninguém pede licença para fechar pontes... fecha-se e pronto... aí é diferente??? he he

4 - sim, passeios organizados dão uma boa grana, há por este lado do Atlântico uns gajos que fizeram a casa e os bruta carros à custa dos queques, que nunca andaram nem de bicicleta e já acham chique dizer por aí que fazem passeios de BTT...

5 - 130km??? bolas!!!! Mas isso pode ser giro para fazer um AUDAX!!

Mas, como Mourex, na sua filosofia sempre mui iluminex devidamente esclareceu: o giro é andar por aí, sem rumo, ou com um objectivo definido, mas cada um na sua, em grupo, em team, em amizade, ultrapassando os próprios limites, na segurança e na diversão que só uma estrada suja ou poeirenta ou cheia de lama pode oferecer.

Bem haja!

 

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