Maratona BTT da Companhia das Lezirias

Domingo, 1 de Junho. 06h30min toca o despertador… levanto-me com um salto e dirijo-me à banheira. De relance olho para o espelho da casa de banho e pergunto-me “E se voltasse mas era para a camuxa que ainda me chamava de quente que estava?” Nã, tinha combinado com os restantes Vacas e tinha ainda desfiado o Hugo Silva (cuja aprovação para a entrada no team já foi efectivada faltando apenas a entrega da jersey) e o Miguel Pedro que se iria estrear nestas andanças dos passeios BTT organizados. Depois de lavado o esqueleto e tomado o pequeno-almoço, saio de casa acelerado para ir apanhar o Trips para nos dirigirmos depois a casa do MarMax e seguirmos os três. Já tínhamos colocado as 3 bikes nos suportes quando me dou conta que me faltava o dorsal… Bom, dificilmente iríamos cumprir o horário acordado, 7:45 nas bombas da Galp da 2ª Circular, mas como ficava em caminho, lá arrancámos a todo o gás! Apanhado o dorsal junto com uma muda de roupa e umas bananas, lá seguimos para a Galp da 2ª Circular onde já nos esperavam o Mourex mais o Bijagoz. Café tomado e prontos para partirmos, eis quando o Mourex dá por falta dos sapatos de encaixe! Grande galo… arrancamos então, e damos com o Mourex a atalhar caminho pelos relvados que ladeiam a Circular, acabando por seguir em direcção ao Eixo Norte-Sul. Uma vez que nenhum de nós sabia onde era a Companhia das Lezírias, seguimos as indicações prontamente fornecidas por email, substituindo o Trips o famoso GPS do Mário que tanto jeito e furor fez no Alvalade-Porto Covo. Chegados à Companhia das Lezírias, já se fazia notar o ambiente típico deste tipo de eventos, mas, face às expectativas da organização em limitar as inscrições a 1.500 ciclistas, o cenário era bem desolador… estariam para aí 200 ou 300 ciclistas? Talvez, mas tal não nos fez arredar pé! Encontrámos entretanto o Hugo mais o Miguel, dois dedos de conversa e… uma nuvem de pó avança sobre o parque de estacionamento… era um Grande Cherokee azul a fazer sinais de luzes para ninguém se atravessar à frente que já não havia lugar a mais atrasos! Era o Mourex mais o Bijagoz, qual pontualidade britânica a chegarem com uns minutos de reserva antes da buzina soar para a partida! Alinhámos então no local de partida, depois de comer uma areia e beber um sumo tropical qualquer, e lá partimos. Todos juntos a princípio, mais separados lá para a frente, para depois voltarmos a agrupar e novamente a separamo-nos. O ritmo imposto de início era simpático (eu não levei o meu ciclómetro/GPS, mas parece que íamos a rolar bem…) O passeio desenvolveu-se por estradões, com alguma areia (o Alvalade-Porto Covo deste ano ao pé disto parecia alcatrão… eheh!) o que, com excepção das partes com bastante areia, permitia rolar a bom ritmo. Fizemos então uma paragem ao km 20 para reagrupar, o que não demorou muito, afinal o grupo não ia tão fraccionado como isso. Uma vez que não houve qualquer divulgação da altímetria, percurso e localização (mesmo se existia) dos abastecimentos, voltámos a parar passado muito pouco tempo. Aqui fica o primeiro ponto negativo para esta organização. Bebido o Powerade da ordem, lá seguimos de novo pelos trilhos da Lezíria. Haveria de ser mais do mesmo, havendo apenas alguma emoção com a passagem por uma poça de água que tinha a profundidade de meia roda… e na ponta final, os últimos 10km, depois de o Trips ter dado uma pequena queda sem qualquer consequência, em que eu, o Trips e o Hugo, seguimos a “puxar” uns pelos outros a uma velocidade que apenas não fora estonteante porque o moderado vento frontal/lateral que se fazia sentir não o permitiu. eheheh! Mais, quero aqui deixar uma palavra para o Trips e para o Hugo, que demonstraram um forte espírito de grupo, de sacrifício e de entreajuda, quase parecia uma cena tira do Giro de Itália ou do Tour de France, em que estávamos a defender a camisola amarela em perseguição de algum adversário directo que havia efectuado uma fuga… eheheh!! Finalizado o passeio, em cerca de 1h50min, encaminhamo-nos par um elemento da organização para registar o nosso tempo… ainda não vi a lista de tempos publicada em lado nenhum, seria apenas para estatística da organização? Mais um ponto a melhorar… Depois havia que tomar uma banhoca e dirigirmo-nos à comezaina… ora, aqui surge mais um ponto negativo à simpática organização. Então não é que após os 40km a pedalar, temos que nos enfiar no carro, todos sujos e fazer mais 30km até chegarmos aos banhos?!?!?!? Vá lá que ao chegarmos ao pavilhão não havia que esperar por um chuveiro nem por água quente! Depois foi mais uns kms até chegarmos ao pequeno mas simpático restaurante, onde nos foram servidas umas belas febras grelhadas com arroz e bata frita. Não estava nada mal, agora, o restaurante era pequeno para os 1.500 ciclistas estimados como limite pela organização… Outra situação que me parece menos bem esclarecida, tem a ver com o facto de na página do evento se mencionar o sorteio de prémios pelos participantes, ora com tanta descentralização de actividades, quando teve lugar o sorteio, se teve lugar, e quem foram os premiados?? Outro dos pontos negativos foi o facto de, o percurso dos 80km não ter qualquer atractivo uma vez que era uma segunda volta ao percurso do 40km, e o pior era o facto de haver uma zona bastante estreita onde se cruzavam os atletas que estavam a terminar os 40km e os que iriam dar inicio à segunda volta para os 80km, podendo por em perigo os partcipantes…
Em suma, foi um passeio muito rolante, como mencionou e bem o Trips, bom para abrir o pulmão, com paisagens simpáticas sem serem deslumbrantes, com bastante areia pelo caminho, onde acima de tudo prevaleceu o saudável convívio, camaradagem e boa disposição.